sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Despeço-me


Levo-te   comigo no pensamento,
disperso-me da tua presença,
encorajo a minha liberdade,
reencontro-me na perdição,
na história de uma ilusão.

Corro devagar na sanidade,
faço-me transpirar de crueldade,
invoco a solidão,
e sigo os trilhos perdidos,
reconquisto o meu mundo,
e construo novas muralhas.

Vencer não é vulnerabilizar-me,
Não é precisar alguém,
é sentir a necessidade de mim,
é chorar sorrindo,
é ser imprevisível aos olhos de outrem,
é ter o meu baú de segredos,
é privar me de tudo e todos,
privilegiando-me.

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